quarta-feira, 25 de junho de 2014

Forever 21, 30 anos de vida e sua chegada ao Brasil.

            

 Roberta Nigri e Camila Machion da R&C Pesquisa e Análise Cultural, uma empresa de pesquisa qualitativa de mercado e de comportamento do consumo, são nossas novas colaboradoras aqui no blog. Elas irão abordar o tema comportamento do consumidor, e para começar elas falarão do mais recente fenômeno de vendas que acabou de chegar ao Brasil, descubra no texto:

Quem estudou um pouco de economia sabe que o consumidor sempre deseja pagar o menor preço possível pelos itens que deseja. Quem estudou um pouco de marketing sabe que não é bem por aí. Não à toa existem diversas ferramentas que agregam valor a produtos os tornando mais caros e os consumidores, ainda assim, desejam comprá-los. Controvérsias a parte, existe espaço para essas duas correntes no mercado de varejo de moda. Hoje, vamos falar de uma loja queridinha de quem quer comprar mais por menos, a Forever 21.

A “Forevinha” - assim chamada pelos íntimos - tem uma história de sucesso. A primeira loja foi aberta no dia 21 de abril de 1984 em Los Angeles pelo casal sul-coreano Do Won Chang e sua mulher Jin Sook Chang. O objetivo era atingir a comunidade asiática/norte-americana de L.A e ela ainda se chamava Fashion 21. A abertura foi um sucesso e o negócio só cresceu. O objetivo da marca é abrir mais 600 lojas nos próximos 3 anos. Sim! Mr. Chang é um homem incansável.

 Eis que no seu plano de expansão, o Brasil foi premiado com a abertura de algumas lojas em solo nacional. A princípio houve uma histeria nacional. Que atire a primeira pedra quem não compartilhou em alguma rede social a tal notícia e ainda escreveu que mal poderia esperar por esse momento. Muitos rumores, algumas possíveis datas de abertura, sneak-peaks e as lojas foram inauguradas. Primeiramente em São Paulo e, em seguida, no Rio de Janeiro. Pela primeira vez, as opiniões contrastaram.

Fazendo entrevistas com mulheres cariocas, de 18 a 30 anos, no Rio de Janeiro, a reputação da Forever 21 pode estar em apuros. O motivo é que muitas consumidoras não gostaram da sensação de qualquer pessoa poder comprar a marca. Até então, isso era um privilégio de quem podia viajar ao exterior. Para essas mulheres, o “buzz” que a marca gerava era a possibilidade de comprar peças na moda, a um custo barato, porém acessíveis somente a quem viaja internacionalmente. A partir do momento que ela passa a vender em solo nacional, a marca automaticamente “perde a graça”. Será?

Outras mulheres acreditam no contrário. O fato de a Forever 21  ter chegado ao Brasil só confirma que o país virou de fato “a menina dos olhos” de marcas estrangeiras. Isso aumenta a oferta do varejo aqui e permite que pessoas que antes não podiam viajar tornarem-se clientes. Além disso, o compromisso dos preços baixos que a marca garantiu manter no Brasil aumenta a pressão para as marcas de varejo brasileiras abaixem seus preços também.


Ainda existem muitas dúvidas. O que Mr. Chang vai fazer para manter esses preços baixos? Será que a Forever 21 vai se manter atrativa no Brasil? Será que vai virar marca só de jovem? Ou de mais velhas? Ou tudo misturado? Para saber só com mais pesquisas de mercado para entender a opinião das cariocas. 

Contatos: robertanigri@gmail.com e camilamachion@gmail.com

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