sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Paraty Eco Fashion 2012

Moda e Design: um novo olhar para o mundo. Este é o tema da segunda edição do Paraty Eco Fashion, que será realizado entre os dias 16 e 18 de setembro na belíssima Paraty, região sul do Estado do Rio de Janeiro.

Assim como na edição passada, o evento é uma realização do Instituto Colibri e terá foco na sustentabilidade. A ideia neste ano é ampliar o olhar para além da Moda que se veste, chegando aos objetos com design sustentável na área da Decoração.

O Paraty Eco Fashion caracteriza-se também por um intercâmbio entre os estudantes e profissionais de Moda e o estudo da cultura de diversas comunidades. Equipes de faculdades, cursos de moda e ateliês de diversas cidades do Brasil estarão em Paraty, para mostrar que é possível pensar a moda de maneira sustentável.



O evento contará com exposições, palestras, workshops e oficinas que terão como temática a sustentabilidade no artesanato, no design e na moda. 

Profissionais renomados do mundo da moda, que também comungam da idéia da moda socialmente e ecologicamente correta, estarão presentes em Paraty para compartilhar suas experiências com os participantes. Entre eles a estilista Lena Santana, a socióloga e diretora do Instituto-e Nina Braga e a designer Mana Bernardes.

Que tal conferir como foi a edição passada? Vale a pena dar uma lida neste post que fizemos no ano passado sobre o evento.

No site oficial do Paraty Eco Fashion 2012 podemos conferir a programação completa, além de mais informações e curiosidades sobre a Feira!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Reconhecendo tendências com Rony Rodrigues!

Nos dias 10 e 11 deste mês, realizamos um super workshop sobre novas tendências com ninguém menos que Rony Rodrigues, sócio-fundador da Box1824, conhecida por criar abordagens e metodologias inovadoras.  Ele é o cérebro por trás das pesquisas premiadas “Projeto Sonho Brasileiro”, estudo sobre o Brasil e o futuro a partir da perspeciva dos jovens, e “We All Want To Be Young”, que resultou em um video mega acessado no YouTube e que tanto adoramos!

Durante o workshop, realizado na Casa OESTUDIO, na Gávea, Rony guiou os participantes por caminhos inovadores, mostrando como reconhecer e explorar tendências. Através de metodologias pouco convencionais, o workshop teve como objetivo a compreensão de mecanismos que fazem com que a pesquisa de tendências de comportamento seja, cada dia mais, peça fundamental na compreensão do mundo. Como dinâmica do workshop, os participantes dissecaram tendências de comportamentos relevantes.

E um momento como este não podíamos deixar de registrar! Nossos colaboradores Daniel Dias e Luis Felipe Neto produziram um vídeo especial sobre este workshop incrível!

Confiram o resultado abaixo!


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Ecodesign em Moda foi o tema do último talkshow do RMDI

Na última sexta feira, dia 24, foi realizado na cúpula do Planetário da Gávea o último talkshow do Rio Moda Discute Internacional. O tema em pauta foi o ecodesign em moda.

Ronaldo Fraga (o próprio!), Carina Leite, gerente de produção da Ecosimple Tecidos, e Norma Velasquez, gerente geral da organização peruana Minka Fair Trade, fizeram parte da mesa de debate, que foi mediado por Lylian Berlim e Tatiana Rybalowski.


Confiram os principais pontos abordados no talkshow:  

- A peruana Norma Velasquez contou um pouco do seu trabalho a frente da Minka Fair Trade, cujo principal objetivo é combater a pobreza nas regiões carente do Peru. “O processo não foi fácil e rápido. O nosso objetivo é o trabalho em conjunto de forma democrática.”, contou. 

Ela também ressaltou a importância de se pensar sempre no consumidor final e o seu desejo no processo produtivo. Norma também flou sobre a necessidade de investigação dos recursos e as formas de transformar as matérias primas.


- Carina Leite comentou a importância de reaproveitamento dos tecidos não utilizados ao fim de cada coleção. “Mensalmente, recolhemos 20 toneladas de resíduos têxteis e os transformamos em novos tecidos”. 

Os tecidos transformados, especialmente o pet reciclado e algodão orgânico, são destinados à indústria dos calçados e de decoração. Ela também salientou a importância da sustentabilidade social na indústria têxtil, um dos maiores motores da economia brasileira. 


- Ronaldo Fraga falou sobre os novos caminhos da sustentabilidade na moda e ressaltou a sua importância. “A transformação não existe se não existir apropriação cultural”. O estilista também comentou o momento positivo do Brasil no cenário mundial. “O Brasil é a menina dos olhos. A cultura é o que temos de mais rico e a auto estima é extremamente importante para a nação.”

Ao fim do talkshow, Norma Velasquez apresentou um vídeo com o desfile da marca na Peru Moda. Ronaldo Fraga também nos presenteou com um documentário inscrível, que mostrava o trabalho de sua última coleção com uma cooperativa de Tucumã, no Pará. 


Por Antonio Pedro Guido.

Estratégias em Moda Ética em pauta no terceiro dia do Rio Moda Discute Internacional

Na última quinta feira, dia 23, foi realizado na cúpula do Planetário da Gávea o terceiro talkshow do Rio Moda Discute Internacional. Em pauta, as estratégias para a moda ética.

Alexia Niedzielski, fundadora do Ever Manifesto, Rafael Cervone, presidente do Sinditêxtil-SP, Raquell Guimarães, dona da marca Doisélles, Glicínia Seterenski, diretora do Casulo Feliz, e Romain Michel, responsável pela marca fraco-brasileira TUDO BOM, formaram a mesa de debate. O talkshow foi mediado por Lylian Berlim e André Carvalhal.


Abaixo, os principais pontos abordados sobre o tema no debate:

- Lylian Berlim ressaltou a importância do reajuste no modelo econômico e industrial brasileiro, quinto maior parque têxtil do planeta. E observou o grande impacto social presente na sociedade contemporânea.

- Rafael Cervone pontuou que o cenário da moda brasileira é desafiador, devido a ampla competição existente no mercado, e a importância de proteger as pequenas confecções, grande fatia deste mercado. E divulgou dados: o setor têxtil brasileiro é composto por aproximadamente trinta mil empresas. O empresário também comentou o Brasil como desejo do varejo mundial pelo seu aumento do poder de consumo e crescimento da classe C.  


- Raquell Guimarães comentou o seu trabalho nos presídios de Juiz de Fora e salientou a importância da reintegração social dos detentos. “A mão de obra utilizada se torna mais barata com os presidiários e promove a sustentabilidade social, os tecidos sustentáveis que se tornam mais caros do que a própria mão de obra” afirmou.

- Romain Michel observou o cenário positivo do Brasil e disse que a alegria do nosso país encanta o mundo todo. “Acredito que o Brasil tem muito a comunicar e transmitir aos outros países. A alegria é um diferencial forte e faz parte da minha marca.”, comenta. O empresário também falou sobre o preço dos produtos sustentáveis. “O produto sustentável, por mais que falem que ele é mais caro, ele se torna mais barato quando é preciso investimento para reverter os danos ambientais causados pela indústria têxtil”, afirma. Romain ainda ressaltou que o produto sustentável tem valor agregado ao produto, pois se torna uma peça com história e boa qualidade e que já está sendo bem aceito por partes dos consumidores. “É uma escolha de que mundo nós queremos”, pontua.


- A francesa Alexia Niedzielski comentou a importância da informação por parte da imprensa e a necessidade de divulgação da sustentabilidade na moda. Ela também alerta que o fast fashion também tem um lado positivo. “A H&M tem um departamento que trabalha só com o sustentável. O fast fashion não é tão ruim como imaginam”.  E também divulgou seu trabalho com o bambu em parceria com cientistas e pesquisadores, que ajudaram a explorar as melhores formas de extrair o bambu isento de danos ambientais. “O bambu é um ótimo material e pode ser usado com diversas finalidades”, afirmou. 

- Glicínia Seterenski comentou a importância de se trabalhar com o produto sustentável e o papel da imprensa na sua divulgação. “Falta conhecimento por parte dos jornalistas, é preciso informar de forma transparente.”. E ressaltou a importância de se trabalhar com o que gosta. “Precisa sentir prazer em trabalhar. Sou feliz no que eu faço, é uma cadeia de felicidade.”, afirma. 

Ao fim do talkshow, Raquell Guimarães apresentou um documentário sobre o incrível trabalho nas penitenciárias de Juiz de Fora. O filme "Cadeia de Produção" ressalta a importância da reintegração social dos detentos, que se ocupam durante o cumprimento da pena e ainda possuem a chance de reduzi-la. 


Por Antonio Pedro Guido.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A importância da agenda para a moda sustentável em pauta no segundo dia do RMDI

Ontem, no segundo dia do Rio Moda Discute Internacional, o tema abordado na cúpula do Planetário foi a importância da Agenda para a Moda Sustentável. Empresários e pesquisadores exploraram os possíveis meios de negócios e o consumo consciente.

Mediado por Lilyan Berlim e Pedro Ganem, empresário e diretor da Rádio Ibiza, o talkshow contou com a participação da indiana Kavita Parmar, diretora criativa e fundadora da Maison Raasta, Beatriz Saldanha, estilista e empreendedora da Couro Vegetal da Amazônia, Tete Leal, fundadora da COOPA_ROCA, Neide Shultz, criadora do projeto ECOMODA e Pedro Ruffier, CEO da marca carioca Movin.

Confiram os principais pontos abordados durante o debate: 


Lilyan Berlim ressaltou as consequências da sociedade contemporânea consumidora do fast fashion, indústria em crescimento que gera graves impactos ambientais. A pesquisadora também salientou a importância da informação por conta da mídia, quando se trata da sustentabilidade. "Temos a visão de que a roupa sustentável é uma roupa meio hippie, tosca, mal feita. O sentido não é esse; é ser belo, sedutor. A linguagem de moda tem que estar presente. Há tanta informação equivocada por parte da mídia, até porque ela própria tem pouca informação a respeito da sustentabilidade e assim repassa informações equivocadas”, afirmou.

 
- Já Pedro Ruffier reinterou a importância da informação, desta vez quando se trata do consumidor, que precisa ser educado por falta de conhecimento. “As pessoas justamente não sabem mesmo o que significa algodão orgânico. É preciso então educar os consumidores.”, contou. 

O jovem empresário também comentou que é necessário engajamento por parte dos empresários quando se trata de moda sustentável, não apenas como produto, mas sim de toda a etapa da produção. "As empresas precisam buscar um consumo consciente, desde o fazendeiro, passando pelas mudanças de logísticas, às matérias primas escolhidas para a confecção da peça, como o pet reciclado”, ressalta. 


- Beatriz Saldanha comentou sobre o impacto do fast fashion na socidade contemporânea. “Hoje existe o fast fashion, mas há pouco tempo atrás não era assim. Isso é uma tendência de comportamento, ou seja: as pessoas querem coisas rápidas, fugazes, que satisfaçam uma necessidade imediata.  O que vem na contra corrente é o slow fashion”. 

A empreendedora afirmou a necessidade de sedução do produto sustentável, que precisa atrair o desejo assim como uma peça de fast fashion. “O consumo rápido gera prazer instantâneo. O nosso trabalho é  espalhar essa onda boa, o prazer de saber o material que você está usando, de onde vem o tecido”, afirmou. 

Os recursos finitos também foram abordados por Beatriz, que ressaltou a importância da sustentabilidade neste momento. ”O mundo caminha por uma questão de eficiência, e as pessoas começam a se dar conta de que os recursos vão acabar. Dessa forma, a sustentabilidade no futuro não será mais uma opção, mas sim uma obrigação, porque em algum momento essas fontes vão se esgotar”.


- Pedro Ganem comentou o surgimento do fast fashion. “Se formos pegar as top 15 marcas de sucesso no fast fashion, talvez apenas duas delas tenham mais de 10 anos. Ou seja, elas não tiveram contato com a história do slow fashion, do artesão,da máquina de costura em casa”. 

E ressaltou a importância do slow fashion. “O consumo rápido é alimentado por uma onda de prazer, mas temos que também precisamos compartilhar com as pessoas que o slow fashion também pode gerar prazer. Como então jogar essa onda e ir no contra fluxo?”, questionou.


- A indiana Kavita Parmar comentou a importância das mídias sociais em apoiar a sustentabilidade e a sua divulgação. “Hoje em dia temos uma constante necessidade de contar histórias (vide as mídias sociais). Temos então que tornar as histórias do slow fashion mais atraentes”, afirmou. 


Fundadora da cooperativa COOPA_ROCA, Tete Leal questionou a falta de apoio governamental na causa. “O que existe de proposta do poder público para fortalecer esse desenvolvimento sustentável? No Brasil o que existe de fomento, política pública, para que as pessoas se engajem? Deveria haver mais crédito para a produção por exemplo e menos para o consumo. Os desafios são gigantescos, mas nem por isso as coisas são menos interessantes” afirmou. 

Otimista, ela disse que mudanças são possíveis. “A gente olha hoje pra indústria da moda e pensa que é o único modelo possível de produção e consumo, mas isso não é verdade, esse sistema pode ser mutável sim”.


- Neide Schultz comentou a dificuldade do acesso à informação de moda sustentável, ausente nas grades curriculares das faculdades brasileiras. A pesquisadora afirmou que há um longo caminho a percorrer, mas que avanços já podem ser notados. “Alguns alunos que se formaram e que passaram pelo ECOMODA já estão trabalhando com moda de maneira sustentável, realizando um sistema de moda diferente”.


O Rio Moda Discute Internacional segue hoje, em seu terceiro dia, com atividades pela manhã e tarde, e das 19h às 21h, será realizado o talkshow "Estratégias em Moda Ética", que abordará o conjunto de estratégias do setor de Moda para a sustentabilidade.

Haverá inscrições na bilheteria do Planetário a partir das 18h!

Por Antonio Pedro Guido.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Criação em Moda Sustentável é o tema do primeiro dia do RMDI

Foi realizado, ontem, no Planetário da Gávea, o primeiro dia do Rio Moda Discute Internacional, evento que visa abordar um diálogo entre a moda e a sustentabilidade. Neste primeiro encontro, profissionais e pesquisadores renomados discutiram os novos caminhos da indústria da moda em relação à moda sustentável.

O talkshow de abertura, com o tema criação em moda sustentável, teve a presença de Dario Caldas, do Observatório de Sinais, Nina Braga, do Instituto e, Jorge Yammine, da Eden Organic e Dilys Williams, fundadora do Centro de Moda Sustentável da London College of Fashion!

Abaixo, os principais pontos que foram abordados durante o debate.


- Dilys Williams apresentou um panorama dos avanços da sustentabilidade das grandes marcas e na Europa.“A Nike é uma empresa que está mudando sua forma de produzir e, para isso, está abrindo todas as informações que possui para seus competidores, pois percebe que não pode fazer sozinha mesmo sendo uma empresa muito grande e poderosa.”, disse ela.

- Lyliam Berlim, uma das mediadoras do debate e curadora do evento, também salientou a importância da ligação entre a indústria da moda, terceiro setor mais importante da economia mundial, e a sustentabilidade. “Falar de sustentabilidade na moda, é uma questão que causa estranhamento por parte da maioria, já que grande parte da sociedade possui uma visão muito simplista e reducionista a respeito da moda e do consumo. De fato a moda é mola propulsora do consumo, mas mesmo dentro dessa premissa, é possível continuar alimentando a indústria e mercado consumidor de forma ética, socialmente responsável e ambientalmente correta.”, afirma. Ela também alerta sobre a sociedade do hiperconsumo, onde os bens, cada vez menos duráveis, são vistos como fonte de felicidade.


- Dario Caldas afirmou que a sustentabilidade na moda ainda é um desafio, pois se trata de um processo lento e complexo. E reafirma a importância de se pensar não apenas na moda, mas sim termos de economia e sociologia. "Mais do que com a moda, a sociedade precisa se reconciliar com a natureza e a ética" - afirmou.

- Com experiência de mercado, Jorge Yammine conta que foi necessário sair da zona de conforto para poder desenvolver moda sustentável. E friza que é fundamental que se explique para o consumidor a maneira correta de se consumir a moda ecologicamente correta. "Precisamos mudar a maneira de consumir, mas isso é o que leva tempo. É mais fácil fazer com que as empresas mudem sua forma de produção do que o consumidor entender de que forma ele pode consumir de forma mais sustentável."

- Nina Braga comentou o surgimento do novo luxo, e a importância da mudança de pensamento da sociedade, através do consumo consciente, substituindo o espirito de competitividade em busca de apenas status. Também discutiu a importância do apoio governamental a atividade para viabilizar o crescimento da moda sustentável brasileira. "Luxo pode e deve ter a ver com atitudes nobres, aonde estética e ética caminham juntos. É preciso incorporar esses valores. É preciso substituir o luxo competitivo pelo luxo orgânico. No momento é preciso que se exijam políticas públicas que estimulem a sustentabilidade, pois ainda é muito caro produzir de uma maneira ambientalmente mais ética."


O Rio Moda Discute Internacional continua hoje com dois quickshops durante o dia que aprofundarão a temática do evento a e farão com que os participantes ponham a mão na massa. À noite, a partir das 19h, será realizado o talkshow "Agenda para Moda Sustentável", que abordará a questão do fair trade - comércio justo - e o consumo sustentável.

Haverá inscrições na bilheteria do Planetário da Gávea, a partir das 18h.

Mais informações em nosso site!

Por Antonio Pedro Guido.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Dilys Williams, do London College of Fashion, participa do Rio Moda Discute Internacional

Reexplorar a moda de maneira sustentável. Este era o desejo da designer inglesa Dilys Williams quando fundou, em 2008, o Centro de Moda Sustentável da London College of Fashion.

Dilys afirma que ele foi criado com o objetivo de provocar e desafiar a indústria da moda a achar novas práticas sustentáveis.

O trabalho realizado no Centro visa novas soluções de design que permitam integrar ambiente, sociedade e negócio. O conceito deste trabalho, segundo Dilys, não se trata de ver se um produto – uma peça de roupa, por exemplo – é ou não sustentável. Trata-se de ver como foi feito, como é usado, como é encarado, o que se passa quando se deixa de usá-lo – é isso que o torna, ou não, sustentável.


Dilys Williams é referência internacional quando o assunto é sustentabilidade. Com 20 anos de experiência no setor, a diretora do Centro de Moda Sustentável da London College of Fashion possui prática de ações de sustentabilidade em toda a cadeia de abastecimento de moda, com conhecimentos específicos em intervenções de design para a mudança social, ambiental e cultural.

Ela será uma das debatedoras do Rio Moda Discute Internacional, que terá início no próximo dia 21, terça feira, no Planetário da Gávea. Dilys participará do evento neste dia, no talkshow "Criação em Moda Sustetável", que abordará a introdução da questão de sustentabilidade na Moda.

Inscrições em nosso site: www.institutoriomoda.com.br.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Pedro Ruffier, da Movin, no Rio Moda Discute Internacional

Moda, Sustentabilidade e Tecnologia. É o que caracteriza a marca Movin, que foi criada com a proposta de uma produção e consumo sustentável na área de moda, aliando estilo a comportamento e consciência.

Um dos fundadores da marca, o carioca Pedro Ruffier diz que a marca se encaixa perfeitamente no conceito de slow fashion, desde a preocupação com o meio-ambiente até o minimalismo das peças e cores, que segundo Pedro, é para criar uma moda atemporal, para que as roupas da marca não fiquem datadas.

Pedro Ruffier, criador da marca Movin

A ideia do nome - Movin - origina-se dos conceitos de transformação, movimento, mudança. O público alvo da marca são jovens de 18 a 25 anos que se preocupam com o planeta e o meio ambiente.

As roupas, com pegada jovem, básicas e descomplicadas, levam na composição bambu, garrafas PET recicladas e algodão orgânico e caracterizam-se também pela ausência de estampas, logomarcas ou qualquer tipo de desenho que interfira nas peças. Segundo Pedro, este conceito das roupas faz parte do estilo descomplicado que foi idealizado para a marca.



Ano passado, a marca carioca abriu sua primeira loja, que é super cool, no 2° andar da Galeria Fórum de Ipanema.

Segundo os sócios, o próximo passo da marca é investir muito no atacado e abrir mais pontos de venda, além de exportar a marca para a Europa.


A novidade boa é que Pedro Ruffier será um dos debatedores do Rio Moda Discute Internacional, que será realizado entre os dias 21 e 25 de agosto no Planetário da Gávea. Ele participará do talkshow "Agenda para Moda Sustentável", no dia 22, que abordará o consumo sustentável e questão da moda ética.

Inscrições em nosso site: www.institutoriomoda.com.br.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Fundadora da Doisélles no Rio Moda Discute Internacional

A mineira Raquell Guimarães é apaixonada desde criança por peças de tricô. Já na escola, ela se saía muito bem em tramar a lã no inverno e o algodão no verão – tecer, laçar, arrematar e dar um nó invisível.

Segundo Raquell, ela adorava esse negócio de pontos e nós, formas que surgem do desenho de um fio em um par de agulhas...e com o tempo o tricô se tornou a principal fonte de inspiração dela. Todos os seus pensamentos, ideias, leituras, entre outras coisas, virava tricô.


Sendo assim, ela decidiu estudar moda por ter vivido toda a infância e adolescência nas fábricas têxteis de seu pai e seu avô, e em partes por gostar mesmo de roupa e da importância que ela tem. Raquell fundou a marca Doisélles, que aposta em peças (tricôs e crochês) feitas à mão. Embora ainda pouco conhecida no Brasil, a marca já exporta para multimarcas renomadas mundo afora.

Recentemente, Raquell foi responsável por idealizar um projeto super interessante chamado Flor de Lótus. O objetivo era treinar pessoas para produzir junto com ela e com isso alavancar a marca. A ideia era ensinar a um grupo de pessoas que quisesse e precisasse aprender alguma profissão.


Com isso, ela foi ao presídio Professor Ariosvaldo De Campos Pires, em Juiz de Fora, com suas agulhas e tesouras para ensinar a 40 detentos como produzir peças artesanais feitas com técnicas de tecelagem manual (tricô e crochê). Com o tempo, eles foram tomando gosto por tricô e pela moda de uma maneira geral.

E esta iniciativa deu tão certo que virou documentário. O título é "Cadeia de Produção" e foi lançado neste ano. A ideia deste projeto é louvável. A equipe acertou em cheio! Vale muito a pena assistir, pois nos faz refletir na questão de oferecer uma oportunidade para os mais precisam - neste caso, os carcerários.



Atualmente a Doisélles tem uma unidade de produção dentro do pavilhão 1 da Penitenciária Professor Ariosvaldo De Campos Pires, onde 18 detentos condenados em regime fechado trabalham com excelência na produção de tricôs e crochês. Na coleção de Inverno 2012 da marca, eles colaboraram na execução das tramas e na parte de criação.

Raquell Guimarães será uma das debatedoras do Rio Moda Discute Internacional, que será realizado entre os dias 21 e 25 de agosto. No dia 23, ela participará do talkshow "Estratégias em Moda Ética", que terá como tema principal o conjunto de estratégias do setor da Moda para a Sustentabilidade.

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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Red Carpet ou Green Carpet?

Desde 2009, Lívia Firth, eco ativista e esposa de Colin Firth se engajou  em um movimento intitulado de Green Carpet Challenge ( o desafio do Tapete Verde). De forma resumida, o objetivo era fazer com que grandes nomes da moda internacional criassem roupas sustentáveis ou recicladas para que ela usasse nos tapetes vermelhos.

Na premiação de 2010 do Bafta Awards, a entusiasta verde apareceu usando um terno Paul Smith de lã e seda orgânica e seu marido, Colin Firth, terno Armani que segue um protocolo ético e fibras recicladas. Com o tempo, o movimento foi ganhando notoriedade e com isso grandes nomes do showbiz e da moda internacional passaram a apoiar o GCC.


Em 2011, a atriz americana Cameron Diaz vestiu um lindo Stella McCartney feito com seda orgânica em parceria como GCC. Neste ano, Maryl Streep apareceu no Oscar usando o primeiro vestido Lanvin eco friendly já feito, e na época declarou que não poderia estar mais satisfeita com a escolha.



Além dela, na mesma cerimônia, o astro do filme “Minha Semana com Marilyn”, Kenneth Branagh, estava usando um terno Ermenegildo Zegna feito de lã reciclada. 

Outra que se mostrou solidária ao movimento foi a editora da Vogue Itália, Franca Spozanni. Já conhecida pela sua simpatia à causas ecológicas, Franca se juntou a Lívia para buscar apoiadores ao movimento no Globo de Ouro 2012, pedindo em seu blog que as celebridades vestissem roupas fabricadas de formas sustentáveis e provenientes do comércio justo.

Franca acredita que apoiar esse movimento é uma forma de pedir que a indústria da moda se reestruture. Além disso, tanto para ela, quanto para Livia , toda essa questão de incentivar celebridades a usarem roupas eco-friendly é na verdade uma das melhores formas de se dar o exemplo, devido não só à influência que essas pessoas possuem , mas também porque ajuda a desmistificar o fato de que a moda sustentável é necessariamente brega. 

A partir desses acontecimentos, pode se então constatar que reciclar nunca foi tão chique...brega mesmo é ficar de fora dessa nova tendência!

Por Cecilia Geyer.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Fundadora da Ever Manifesto participa do Rio Moda Discute Internacional

A moda de luxo também pode (e deve) ser sustentável e ética. Baseados nesses pressupostos é que em 2009 a Princesa de Mônaco Charlotte Casiraghi, Elizabeth von Guttman e Alexia Niedzielski criaram o Ever Manifesto, revista cujo intuito é conscientizar e sensibilizar a respeito do desenvolvimento sustentável na moda, bem como propor mudanças nesse sistema.

Viabilizada pela marca italiana Loro Piana e com apoio da editora de moda da Vogue Itália Franca Sozzani, a primeira edição do projeto foi distribuída gratuitamente em pontos estratégicos durante a semana de moda de Milão daquele ano. Como tema inicial, a edição inaugural abordou a ecologia no mundo da moda de passarela, ou seja, como grandes marcas lidam com a questão da sustentabilidade.


Desde então, mais uma edição, intitulada de Ever Bamboo, foi lançada em 2011 e dessa vez com curadoria de Stefano Tonchi e com patrocínio da Gucci. Como o foco dessa nova edição estava na questão do bambu ser um material sustentável e versátil, juntamente com o lançamento, foi criada uma competição de design entre os alunos de uma universidade de moda em Paris, onde o desafio era criar uma bolsa que incorporasse os princípios sustentáveis e que usasse o bambu de uma forma inovadora.


Ainda não se sabe quando uma nova edição será lançada, pois de acordo com Charllote Casiraghi, a revista não terá uma periodicidade fixa, mas novos números serão lançados quando surgirem assuntos a serem discutidos e trabalhados pela equipe.

De uma forma geral, percebemos que o Ever Manifesto, por mais que não atue diretamente nos meios de produção, e embora não interfira diretamente nos produtos que consumimos, faz barulho em relação a forma com que nos relacionamos e usufruímos dos recursos à nossa disposição. Além disso, nos faz pensar em praticar compras mais responsáveis e conscientes, bem como cobrar do setor da moda uma forma mais sustentável de produzir.

Em suma, pode se dizer que os Manifestos conseguem  de forma atraente e inteligente conscientizar o mundo a respeito do fato de que sustentabilidade e criatividade são conceitos que devem caminhar sempre juntos.

E a grande novidade é que uma das fundadoras deste projeto, Alexia Niedzielski, estará presente no Rio Moda Discute Internacional que acontece entre os dias 21 e 25 de agosto no Planetário da Gávea.

Em 23 de agosto, ela participará da mesa do talkshow "Estratégias em Moda Ética", que abordará como tema principal o conjunto de estratégias do setor de Moda para a sustentabilidade.

Alexia Niedzielski 

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Por Cecilia Geyer.

Kavita Parmar no Rio Moda Discute Internacional

Nascida na Índia, Kavita Parmar é fundadora e diretora criativa da Maison Raasta. Ela vem de uma família que tem tradição na indústria têxtil indiana e por esse motivo criou o seu próprio estúdio de design quando ainda estava na Universidade. Três anos mais tarde, teve licença para abrir a Oshkosh B’Gosh, uma marca infantil, abrindo 14 lojas em toda Índia.

Durante os 5 anos que se sucederam, o seu estúdio passou a produzir peças para várias marcas europeias e americanas. Com isso, Kavita morou em diversas cidades como Londres, Hong Kong e Nova York.


Atualmente a estilista mora em Madrid, cidade por onde se apaixonou e carregou toda sua mala criativa, criado sua própria marca , a Raasta.

Kavita estará presente no Rio Moda Discute Internacional sendo uma das participantes da mesa do talkshow "Agenda para Moda Sustentável", que será realizado no dia 22 de agosto

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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Tete Leal no Rio Moda Discute Internacional 2012


Co-fundadora da Cooperativa COOPA-ROCA e responsável pela coordenação executiva dos setores de produção e gestão, Tete Leal participará do Rio Moda Discute Internacional 2012 no próximo dia 22 de agosto.

A Cooperativa, criada no início dos anos 80, capacita e gerencia o trabalho de moradoras da Rocinha na criação de peças artesanais focadas no mercado da Moda e Design.


Empregando aproximadamente 100 artesãs, a COOPA-ROCA tem como principal objetivo melhorias na qualificação profissional das cooperadas e inserção social das comunidades do Rio de Janeiro.

Tete participará da mesa do talkshow “Agenda para Moda Sustentável”, que abordará novos modelos de negócios, fluxos de pertencimento e relações entre a roupa e o sujeito contemporâneo.  

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Por Antonio Pedro Guido.

Minka Fair Trade no Rio Moda Discute Internacional

Fundada no ano de 1976, a Minka Fair Trade foi a pioneira no fair trade da America do Sul. A empresa, sediada no Peru, tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável das organizações de produtores, combatendo a pobreza nas regiões carentes do Peru e preservando o meio ambiente.

A Minka promove a redução da pobreza através do comércio justo, feito por meio de trabalho com artesãos que utilizam antigas técnicas para a produção de produtos da melhor qualidade. Todo o dinheiro da venda destes itens artesanais é revertida não só para o aumento da renda dos artesãos , mas também funciona no sentido de preservar tradições e estilos de vida.


A empresa é composta por 62 organizações comunitárias, envolvendo 3.000 artesãos e agricultores filiados com a Minka. As organizações podem ser encontradas em sua maior parte no Peru.

A novidade é que Norma Velasques, Gerente Geral da organização peruana, estará presente no Rio Moda Discute Internacional. Vale mencionar que Norma foi uma das primeiras profissionais ligadas a moda peruana a se dedicar ao comércio justo. Ela fará parte da mesa do talkshow "Ecodesign em Moda", que será realizado no próximo dia 24 de agosto.

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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Eden participa do Rio Moda Discute Internacional 2012

No próximo dia 21 de agosto, Jorge Yammine, gestor da Eden, participa do Rio Moda Discute Internacional, evento que visa abordar um diálogo entre a moda e a sustentabilidade, através de talkshows e quickshops, entre os dias 21 e 25 de agosto.

A Eden, marca da YD Confecções, participou das primeiras pesquisas de Moda Sustentável no Brasil, especialmente do algodão orgânico no país. Os produtos recebem o certificado do Instituto Biodinâmico (IBD) e da NOW – Natural Organic World.



Em parceria com o Projeto Orgânico Coexis, a marca produz tecidos orgânicos totalmente livres de produtos químicos nocivos, utilizando corantes e pigmentos naturais, mostrando que é possível produzir de maneira responsável e respeitando o meio ambiente.

Jorge Yammine participará do talkshow "Criação em Moda Sustentável", em que serão abordados temas como o conjunto de estratégias do setor para a sustentabilidade, cenários nacionais para o desenvolvimento sustentável na indústria têxtil e nas engrenagens da Moda como um todo, a cadeia têxtil e seus impactos sociais, entre outros assuntos.

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Por Antonio Pedro Guido.

Beatriz Saldanha no Rio Moda Discute Internacional

Como publicamos ontem aqui no blog, nas próximas semanas vamos falar sobre os profissionais que estarão no Rio Moda Discute Internacional debatendo sobre temas importantes ligados à sustentabilidade na Moda.

Um desses profissionais será a carioca Beatriz Saldanha, criadora da empresa Couro Vegetal da Amazônia, e uma das principais defensoras do desenvolvimento de matérias sustentáveis para o mercado têxtil. A empresa dedica-se à produção de couro vegetal como alternativa ao couro animal.

No ano de 2003 ela ganhou o Prêmio Claudia, prêmio este que é concedido anualmente às mulheres que se destacam em obras e realizações em prol da sociedade brasileira, com a proposta da sua empresa.



Desde 2007, a estilista vem realizando uma parceria com a Veja, uma empresa francesa de tênis, fornecendo a borracha nativa para os solados.  No ano passado participou de uma feira de moda ética em Paris, onde expôs seus projetos.

Hoje Beatriz dedica-se a gestão pública, estando à frente inteiramente de um projeto do governo acreano e apoiado pela ONG WWF, o Plano Estratégico – Borracha Acre 2040.

Ela estará presente no Rio Moda Discute Internacional no próximo dia 22 de agosto no talkshow "Agenda para Moda Sustentável".

Para inscrever-se, acesse nosso site: www.institutoriomoda.com.br.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Rio Moda Discute Internacional 2012

Entre os dias 21 e 25 de agosto o Instituto Rio Moda realizará, no Planetário da Gávea, o Rio Moda Discute Internacional, que terá como tema a Sustentabilidade Estratégica na Moda.

O evento contará com uma série de talkshows seguidos de quickshops sob o pano de fundo da Sustentabilidade, com o objetivo de discutir novos caminhos e possibilidades para o setor da Moda, sobretudo no que tange o aumento da competitividade no atendimento ao mercado internacional.

Com a contribuição de nomes relevantes como Alexia Niedzielski (Ever Manifesto), Bruno Boni (Instituto Ecoamazônia), Dario Caldas (Observatório de Sinais), Dillys Williams (London College of Fashion), Jorge Yammine (Éden), Kavita Pumar (The IOU Project), Norma Velasquez (Minka Project), Pedro Ruffier (Movin), Ronaldo Fraga (o próprio) e Tete Leal (CoopaRoca), entre muitos outros, vamos focalizar também a temática da identidade brasileira gerando valor em produtos, especialmente na produção relacionada à cidade do Rio de Janeiro. 


Serão realizados quatro talkshows com uma duração média de 3 horas para um público de até 300 pessoas (cada), mediados pela designer Lilyan Berlim, tendo como debatedores grandes nomes da moda internacional confrontados com grandes nomes da moda brasileira como citamos acima. Os temas abordados serão: dia 21/08 - Criação em Moda Sustentável, dia 22/08 - Agenda para Moda Sustentável (consumo sustentável: política e movimentos da sociedade), dia 23/08 - Estratégias em Moda Ética e dia 24/08 - Ecodesign na Moda.

Entre 22 e 25 de agosto, das 10h às 18h, serão realizados sete quickshops que permitirão aos participantes aprofundar os principais conceitos abordados nos talkshows.


Será uma oportunidade incrível para os que desejam aprimorar seu desenvolvimento profissional e aumentar as chances de inserção ou ascensão no mercado de trabalho, além de buscar mais informações qualificadas para atuar com mais sucesso em seus negócios.

Afinal, o tema sustentabilidade tem e sempre teve suma importância. Muitas empresas têm a frente o desafio do negócio sustentável. Será que é possível ser sustentável e competitivo ao mesmo tempo? É o que discutiremos a partir do próximo dia 21de agosto!


As inscrições para os quickshops variam de R$80 a R$120 e os talkshows terão o custo de R$18. Para inscrever-se e conferir a programação completa do evento, acesse www.institutoriomoda.com.br.

Nos próximos dias postaremos aqui no Blog sobre os profissionais que estarão no evento e mais sobre os temas que serão abordados! Fiquem ligados!

Para mais informações, telefone para (21) 2523-9975 ou 2522-2620.